27 de maio de 2009

2 0 Y E A R S P R A Y I N G


Comemorando 20 anos, o marco retrô mais controverso da carreira da sempre atual Madonna é, com certeza o single "Like A Prayer". Uma música que fala sobre espiritualidade, religião (no melhor sentido de religar-se), sobre olhar pra si, dentre muitos outros significados observados por quem conhece o trabalho. Esta faixa faz parte de uma fase da carreria de Madonna na qual a mesma se desviou um pouco da atmosfera "danceclub" que faria até então (que lhe rendeu sucessos únicos como "Holiday", "Like A Virgin", e "Open Your Heart") para investir em um material que refletia o seu modo de pensar e encarar certas questões. A música se inicia com um coral calmo e intimista, dando abertura para uma batida forte e consistente, alternada com momentos de leveza. Ao final, um coral ao melhor estilo pregação entra em cena.



É claro que, o impacto não teria sido tão grande se não houvesse o trabalho de mídia em cima de um escândalo deste porte (Sim, estávamos em 1989!), aliado a curiosidade do grande público sobre o que estava causando tal furor. Eram protestos religiosos, quebras de contrato (incluindo um contratio milionário com a Pepsi que foi cancelado após o lançamento do videoclipe). Ocorre que, na época, não era comum que víssemos uma cantora pop beijando um santo em um altar, e observando uma cena de abuso sexual enquanto dança entre cruzes em chamas. E foi exatamente isso o que Madonna fez. Para coroar a obra, o clipe antológico mostra um lado até então não explorado, englobando fé, amor, e música.



Na verdade, quem mais saiu perdendo foi realmente quem seguiu Madonna até este ponto e por um motivo ou outro, deixou de acreditar na rainha do pop. Teria Madonna ido longe demais? Bem, os poucos minutos necessários para que se esgotem os ingressos para seus shows até hoje dizem que não.

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